quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Silêncio




Quando nada pode ser dito. Quando não há alguém pra ouvir... O Silêncio é protagonista. As palavras não têm valor. Perde-se nos pensamentos que ensaiam um próximo encontro que não acontecerá. Perdem-se na necessidade de uma oportunidade pretérita, em gestos irreversíveis, em silêncio na hora errada, em ausência... Ausência sofrida no canto do quarto escuro, vivida em momentos importantes que não podem ser compartilhados, nos dias em que tudo que importa é um sorriso sincero, ausência querida, necessária, esperada, comemorada. Silêncio do olhar, do corpo, do gosto, da fala, do gesto, do beijo... Do beijo. Atitudes que dispensam explicações, condição que limitam e determinam sabores, amores, valores... Valores perdidos, maquiados, sonhados, esperados. Sonhos perdidos, planos desfeitos, imagens deturpadas, amizade acabada, afetos comprometidos... O silêncio é bem vindo. Ele traz a prudência que precisamos ter quando não queremos. Ajuda-nos a encontrar o caminho certo quando há opções diversas. Protagonista, coadjuvante... O silêncio dá maturidade para momentos inconseqüentes. Remédio dos sábios.

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